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Presidente não demite do cargo
[10/10/11 Fonte: Jornal Cinco Quinas]
Alberto Monteiro ©cinco quinas Alberto Monteiro, presidente da Junta de Freguesia de Valongo do Côa, falou ao Cinco Quinas dos seus 26 anos à frente da Junta, da dificuldade de conciliar a vida profissional com o cargo de presidente e ainda dos projectos que estão por realizar.

Cinco Quinas (CQ) – Em Agosto disse que iria pedir a demissão do cargo de presidente, mas não o fez, qual a razão que o levou a continuar o mandato?

Alberto Monteiro (AM) – Eu realmente no mês de Agosto disse isso, devido à incompatibilidade de conciliar o meu trabalho com o cargo de presidente de Junta. Como tenho duas empresas, uma de construção civil e distribuição de combustíveis e outra de venda e compra de mercadorias em leilões e material de insolvências, está a ser difícil compatibilizar os trabalhos. O mês de Agosto foi uma altura muito agitada, e realmente disse que em princípio, em Setembro, me demitiria do cargo. No entanto, pensei melhor, tive dezenas de telefonemas a dizerem-me para ficar até ao final do mandato. E vou acabar por ficar até ao fim, é um sacrifício, mas vale a pena.

CQ - Muito se especulou acerca dos motivos que o levariam a sair da Junta, o que tem a dizer sobre isso?

AM - Toda a gente fique ciente que não há nada por detrás dessa situação a não ser a dificuldade de conciliar o meu trabalho com a Junta. Não há quaisquer motivos políticos, mas sim falta de tempo. A Junta ocupa muito tempo e eu quando me entrego a uma situação gosto de o fazer de corpo e alma, mas eu vou fazer um grande esforço para chegar ao fim do mandato. Volto a dizer, para que não restem dúvidas, que não há qualquer razão política para deixar a Junta, somente a falta de tempo. Uma coisa é certa não vou deixar Valongo ficar atrás seja de que freguesia for. Tive um apelo muito grande para continuar na Junta, não só dos habitantes de Valongo, mas também de muitos colegas. Tenho muita vaidade na minha aldeia, foi em Valongo que nasci e vivo desde sempre.

Gostava muito que as pessoas entendessem que apesar de já estar na Junta há muito tempo, eu não estou agarrado ao poder. Nunca gastei um tostão da Junta, eu perco milhares de euros pessoais, desde máquinas, carros, retroescavadora, eu nunca cobrei uma hora à Junta do serviço da retroescavadora, nunca cobrei uma viagem, nunca apresentei uma conta de táxi, nem de telefone. Apesar de me dar prejuízo, eu gosto muito de Valongo e é por isso que eu faço este esforço, porque quero que a minha aldeia fique à frente de todas as outras.
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